CUSCUZ DA LIA

Maria Fernandes Cathalá, (Maria Fernandes Castro, nome de solteira), natural de Palmeiras Bahia, filha de Aurélio Gomes Castro e dona Guiomar Fernandes Castro. Maria Fernandes era popularmente conhecida por Lia e teve como irmãos: Leonor Fernandes Castro, Adalgisa Fernandes Castro, Nair Fernandes Castro, Elza Fernandes Castro, Idalia Fernandes Castro, Álvaro Fernandes Castro, Osvaldo Fernandes Castro e José Fernandes Castro. Lia teve como avós paternos: João André Gomes de Castro e dona Sigismunda Rita de Castro. Lia, era uma criança inteligente, curiosa e muito
dedicada. Por isso, quando pequena ela mesma fazia as roupas de suas bonecas. Tempos mais tarde, aos dez anos de idade, sem ter feito o curso de corte e costura ou ter alguém que lhe ensinasse, Lia começou a costurar suas roupas e as roupas de sua mãe, Dona Guiomar.


Livro: Fora da Realidade

Esse livro reflete o meu espírito aventureiro e a minha eterna busca por tornar conhecido o que ainda jaz em oculto, seja neste mundo em que vivemos, sejam visíveis ou invisíveis, estejam neste ou além deste e de qualquer outro universo. Eu creio que há muito mais coisas e conhecimentos além de nossa capacidade limitada de ver, ouvir, sentir e absorver do que sempre supomos enquanto humanidade. Creio, também, que ao escrever e registrar nossas impressões sensoriais e extrassensoriais, nós abrimos determinados portais que poderão nos mostrar paisagens e vivências que jamais seriam vislumbraríamos de outra forma.

Este livro aborda alguns dos sentimentos mais profundos do ser humano, tais como o amor, a fé, a esperança, a amizade e a união. Discute os eternos conflitos familiares entre namorados, cônjuges, irmãos, pais e filhos. Discute as virtudes que marcam um ser humano, como por exemplo, a verdade e a mentira, a lealdade e a sinceridade, entre outros.

O título do livro surgiu a partir de uma expressão cunhada pela minha esposa ao me ouvir falar e pedir o que ela achava a respeito de meu enésimo projeto de vida. Assim me disse ela: “Meu bem, não temos dinheiro! Eu vivo com os pés no chão. Você vive fora da realidade!” Achei isso muito interessante e fiz essa seleção de textos, com as situações mais estranhas que já vivenciei, concretamente ou apenas em minha imaginação de escritor.

Diretoria realiza reunião de forma virtual

A diretoria do IHG Poxoréu, liderada pelo presidente Prof. Gaudêncio Amorim, realizou, no dia 31 de julho de 2020, pela primeira vez uma reunião virtual, utilizando a plataforma Google Meet.

Os membros, cada um em suas casas, por conta do isolamento social, estabelecido pelos decretos governamentais, como medida para mitigar a proliferação do novo coronavírus, discutiram sobre a 4ª edição da Revista do IHG e sobre o projeto apresentado pelo Dr. Rui Nogueira Barbosa que versa sobre a confecção de réplica de uma estátua de garimpeiro a ser comercializada pelo instituto.

A diretoria aprovou a edição da revista de forma online, disponibilizada no site do IHG Poxoréu, e algumas edições impressas para deixar na biblioteca Dra. Sandra Nery. Os membros terão até o dia 30 de agosto para apresentar seus artigos que desejam publicar na revista, via e-mail que será divulgado posteriormente.

O Prof. Gaudêncio Amorim disse que a reunião é histórica, tendo em vista ser realizada eletronicamente e pelo momento em que o mundo passa devido a pandemia. “Fizemos hoje o primeiro teste, com ajuda do nosso confrade Prof. Agnaldo Luz, para podermos nos reunir e deliberar questões do nosso instituto” – acrescentou o presidente.

Participaram da reunião o Prof. João de Souza, a Profª Lêda, Eva, Sandra Sol, além do Prof. Agnaldo Luz e do presidente Prof. Gaudêncio Amorim. As deliberações serão enviadas via grupo de WhatsApp aos demais membros do IHG Poxoréu.

O processo de atualização das divisas no município de Poxoréu

O processo de atualização das divisas no município de Poxoréu é um dos mais novos capítulos da história recente do nosso município, cujo embate foi protagonizado com os municípios de Primavera do Leste, Dom Aquino, São Pedro da Cipa e São José do Povo, resultado de um projeto institucional tripartite da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Secretaria de Estado de Planejamento e o IBGE, cujos propósitos visavam corrigir distorções de ordem técnica ou inconsistências administrativas entre municípios do Estado.

O livreto em apreço consiste no relatório circunstanciado do processo que foi estabelecido em fevereiro de 2015 e ultimado em 2017, com a sanção da lei nº. 10.500 de 18 de janeiro de 2017, pelo governador Pedro Taques, em que Poxoréu perdeu para Primavera do Leste, a área do distrito da Nova Poxoréu, criado em 2013, no governo de Jane Maria Sanchez Lopes Rocha.

Neste sentido, o relatório em questão evidencia o protagonismo da Comissão deste processo em Poxoréu, composta por alguns vereadores e pelo Poder Executivo, além de alguns técnicos e do Prefeito eleito em 2016, Nelson Paim, cujas intervenções foram determinantes para que Poxoréu não perdesse parcela ainda maior para Primavera do Leste.


Gaudêncio Filho Rosa de Amorim: Poeta, escritor e compositor filiado a União Poxorense de Escritores – UPE e ao Instituto Histórico e Geográfico de Poxoréu – MT, autor do livro Prefeitos de Poxoréu, Biografia (2016) entre outros

POXORÉU: dos bandeirantes aos primeiros anos do século XXI

Na verdade, sou um aprendiz de historiador, já que não é minha formação acadêmica. Sou pedagogo (UFMT), gestor público (UCDB) e Cientista político (UNIVAG). Entretanto, credenciei-me ao desafio de reescrever este texto, esculpindo outras contribuições sobre o tema, para não me declinar do convite honroso do eminente historiador e jornalista brigadeiro Eduardo Gomes, (BOAMÍDIA) ancorando-me nas experiências culturais de décadas em Poxoréu e na publicação de 04 livros na área da história e da literatura, além do ativismo histórico/literário pela União Poxorense de Escritores – UPE e, mais recentemente, pelo Instituto Históerico e Geográfico de Poxoréu, o qual presido, desde 2016. Assim, é na condição de aprendiz e discipulo de grandes mestres, entre eles, Dra. Elizabeth Madureira e João Carlos Vicente Ferreira, que me lanço nas alfombas desta deliciosa construção/reconstrução.

Para facilitar a leitura e o entendimento do leitor, o texto está dividido em pequenos tópicos elucidativos, podendo o editor fazer as adaptações que julgar pertinentes.


Gaudêncio Filho Rosa de Amorim: Poeta, escritor e compositor filiado a União Poxorense de Escritores – UPE e ao Instituto Histórico e Geográfico de Poxoréu – MT, autor do livro Prefeitos de Poxoréu, Biografia (2016) entre outros

QUEM É ESSA DAÍ?

Conheci uma menina/já no final de uma festa qualquer

Não era uma menina qualquer/ Era um pitéu de mulher

Rica e burguesinha/depois de uma e outras

Foi amassa mamão danado/e tanto beijo na boca

Não sei no que vai dar/ficou incontrolável a situação

Quando todo mundo foi embora/ fomos os dois encontrados

Gemendo cachaça e batons/ os dois nus e pelados

Ainda os corpos entrelaçados/lá no fundo do salão.

REFRÃO

“Me perguntaram quem é essa daí

E quando eu já ia responder

A moça se apressou em dizer:

_ Esse daí não conheço, eu nunca vi!!

Foi um disse disse/tanta confusão

Não havia o que dizer/mas pediram uma explicação

Disse, conheci esta menina/mas seu nome nem sei

Amassei sua roupa/sua boca eu muito beijei

Foi um festival de amor /encontrei o paraíso aqui!

Mas a moça pra se defender/com o seu mantra burguês

_Pedi pra tirar o paletó/E este tarado tirou tudo de uma vez

Não sei quem é esse gatuno/esse homem eu nunca vi

REFRÃO

“Me perguntaram quem é essa daí

E quando eu já ia responder

A moça se apressou em dizer:

_ Esse daí não conheço, eu nunca vi!!

Naquele borborim /disse não foi bem assim…

Eu ia tirar tudo devagar/como manda o manequim

“Subindo nas paredes”/ela que tirou a roupa  tudo

Não pode me condenar sozinho/isso é um absurdo

Põe a mão na consciência/ veja se fale tudo agora!

E a moça sem saída/falou se dando por vencida

Admitiu a enrolação/Foi a melhor noite da minha vida

_Delegado me prenda com ele/ e depois jogue a chave fora!

REFRÃO

“Me perguntaram quem é essa daí

E quando eu já ia responder

A moça se apressou em dizer:

_ Esse daí não conheço, eu nunca vi!!


Gaudêncio Filho Rosa de Amorim: Poeta, escritor e compositor filiado a União Poxorense de Escritores – UPE e ao Instituto Histórico e Geográfico de Poxoréu – MT, autor do livro Prefeitos de Poxoréu, Biografia (2016) entre outros

COMPRADORES DE DIAMANTES DE POXORÉU

A história da mineração no Brasil como atividade socioeconômica começa no século XVII, com as expedições chamadas entradas e bandeiras que vasculharam o interior do território em busca de metais valiosos (ouro, prata, cobre) e pedras preciosas (diamantes, esmeraldas). Já no início do século XVIII (entre 1709 e 1720) estas foram achadas no interior da Capitania de São Paulo (Planalto Central e Montanhas Alterosas), nas áreas que depois foram desmembradas como Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.

Antes de falar do comércio de diamantes, cabe aqui destacar a origem, significado alguns mistérios que envolvem a palavra DIAMANTE – este sonho de muitas moças vem do Grego diamas, alteração de adamas, formado por a-, partícula negativa, com damaein, “domar”. Como o diamante é uma pedra que não pode ser cortada por nenhuma outra, os gregos diziam que ele era “INDOMÁVEL”, “INVENCÍVEL”.

No século quatorze, na França, acreditava-se que um diamante aplicado à testa de uma pessoa que sofresse das faculdades mentais a curaria. Ah, se fosse assim, por aqui não teríamos nenhum problema mental. Outro uso do diamante nessa época era para revelar a infidelidade de uma esposa. Um diamante colocado sob o travesseiro dela faria esse efeito. Segundo o folclore, o processo não adiantava para os maridos. Uma tradição mais duradoura é de que o diamante é a pedra usada para manter laços amorosos firmes e longos.

Retornando ao comércio das pedras preciosas, registros narram, que os primeiros diamantes no Brasil foram encontrados por volta de 1729 na região do rio Jequitinhonha, tendo logo despertado a atenção da Coroa Portuguesa. A primeira legislação visando regulamentar a sua exploração foi o Regimento dos Superintendentes e Guardas-mores das Terras Minerais, comum a toda a região. Esse regulamento genérico despertou viva resistência entre os mineradores e, em termos fiscais, mostrou-se ineficaz com relação aos diamantes, cujas características (pequenas dimensões e elevado valor) incentivavam a sua ocultação e contrabando.

Essa intensa busca pelo indomável e valioso mineral despertou o interesse de muitos homens que sonhavam ficar ricos. Então, eles passaram a conhecer os garimpos, a conversar com os trabalhadores e com o dono da lavra diamantífera. Alguns, por ser filhos de pais que garimpavam, já possuíam mais traquejo e um pouco de conhecimento sobre a tão cobiçada pedra, outros se embrenhavam no sertão em busca de poder e muita riqueza e se não tivessem tino comercial, com certeza aprenderiam logo, logo. A notícia de que o diamante tinha alto valor, corria o mundo afora, e com isso, a cobiça e o desejo de se tornarem mais um afortunado, também se estendiam de Norte a Sul do país e do mundo.

Começa mais ou menos assim, a história de muitos homens que viveram em Poxoréu ou que passaram pelo município para comprar ou vender diamantes – os diamantários.

Em todo município, há homens que contribuem com ele de uma forma ou de outra, em Poxoréu, dentre os vários que contribuíram para nosso desenvolvimento, para o engrandecimento de nossa história, estão os diamantários, homens que se dedicavam à compra ou à venda de diamantes.

Sabemos que o homem é um curioso por natureza, é um desbravador, tem instinto comercial forte e decidido, um aventureiro e incansável viajante. Foi assim, por dinheiro, pela ambição de enriquecer rapidamente, pelo brilho inebriante e mágico que saíam do diamante, pelo prazer de encher o bolso e os picuás com o valioso mineral, e principalmente, em ajudar a sustentar a própria família, que os vários diamantários que moram, viveram ou passaram pela nossa Poxoréu, entraram para o mundo comercial. Comercializar era agora a nova profissão desses homens. Sendo assim, conhecer mais sobre a vida deles, desses homens tão bravios, destemidos, persistentes e que colaboraram com nosso município, é de fundamental importância. Todavia, esse trabalho, não se esgota aqui, uma vez que muitas pessoas por aqui passaram e se foram, deixando poucos ou quase nenhum documento, que possibilitasse fazer um registro mais fiel sobre todos. Com certeza, outros poderão complementar, atualizar dados
sobre homens tão valorosos.

ADELINO JOAQUIM LOPES

Adelino Joaquim Lopes nasceu em 03 de abril de 1900, natural do estado da Bahia, irmão de dona Aurelina Lopes ( Dona Lé), esposa de Antônio Cândido da Silva – Sete Escamas. Adelino casou se com dona Maria Carolina Lopes, também baiana. Dessa união nasceram três filhos: Lindaura, Carolina e Agenor Lopes. Lindaura casou se com Antônio Ventura, Carolina casou-se com Manoel Aquino (Pié) e Agenor casou -se com Maria, uma goiana.

Autora: Profª Leda Figueiredo Rocha do Lago

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ALCIDES LAGO

Alcides Lago foi um grande exportador de diamantes de Poxoréu. De acordo com dona Mundica, pelos relatos de seu pai Rafael Cellus, talvez até o maior exportador nas décadas de 30 a 50. Ele comprava diamantes e vendia para um joalheiro do Rio de Janeiro, local onde Alcides adquiriu imóveis (terrenos, casas e apartamentos).


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ALEXANDRE PEREIRA DA SILVA

Alexandre era natural de Barreiras-BA, nasceu em 23/11/1917, veio para Mato Grosso em companhia de alguns amigos e do irmão Vitorino, que foi residir em Alcantilado, Guiratinga e Alexandre se estabeleceu em Poxoréu. A viagem da Bahia até Poxoréu, foi marcada por muitas paradas pelo caminho, ocasião em trabalhavam em algum lugar para obter recursos a fim de custear as despesas, para então chegar ao tão sonhado garimpo de Mato Grosso. Assim sendo, no início da década de 30, já estava residindo em Poxoréu o jovem Alexandre Pereira da Silva.


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